O entendimento das coisas.

Uma curiosa situação aconteceu comigo no Facebook ontem, um querido irmão meu postou um vídeo com o título: Filho batendo no próprio pai. A princípio fiquei triste e angustiado em ler a frase imaginando ser mais um caso de violência familiar, e que atualmente se tornou mais um elemento desse mundo entenebrecido pelo pecado.
Imaginei ver a cena, pelo menos no início para poder conhecer os fatos e poder dar minha opinião.
Fiquei feliz ao entender que o título colocado pelo irmão foi uma brincadeira, pois o que o vídeo mostrava era um pai e seu filho brincando de luta na cama, se agarrando, rolando no colhão, agindo como lutadores de vale-tudo. De imediato minha mente trouxe as lembranças das brincadeiras similares que fazia com meu filho e também minha filha, acontecia na cama, no chão, no quintal, varanda, enfim. Brincávamos assim e sempre foi divertido para todos, eram momentos de amizade e divertimento, onde não havia maldade, perversidade ou violência. 
Porém a permanência dese clima nostálgico durou pouco... um outro rapaz, amigo deste irmão da igreja,  fez comentários alertando para uma possível violência no vídeo, que havia choro e também fez o alerta de que a criança poderia se tornar violenta.
O vídeo não tinha essa situação, o que acontecia era a manha da criança, que quando não tinha seu desejo durante o "combate" atendido, ficava choramingando, mas era pura artimanha... pois ele na mesma hora sorria, ria e continuava na brincadeira.
Ao comentar com o irmão que procurasse entender que era só brincadeira, este rapaz começou a a fazer considerações ridículas e infundadas sobre a sociedade atual, sobre a educação que eu dei a meu filho, sobre como ele educa os dele e sobre a posição em que eu e outras pessoas ficaram e comentaram no Face...
Chegou ao cúmulo de dizer que Jesus não tinha lutado em momento nenhum com seu Pai! 
Como bem colocado pela irmã Laís, as pessoas tem a mania de só ver o lado ruim das coisas, falando mal, xingando, mal dizendo, etc. Outro comentário muito acertado dela foi sobre o Apóstolo Paulo em 1 Tessalonicenses 5:21, onde diz: Examinai tudo e retende o que é bom.
Acho até engraçado como nós, seres humanos tão fracos e pecadores, costumamos as vezes tomar uma postura sobre determinado assunto, tema, situação, acontecimento, etc... E esquecemos de olhar para Jesus e receber sua orientação. 
Passamos de um extremo a outro em nossas ações e comportamentos mas nunca paramos no ponto de equilíbrio, bem pensado, sábio, inteligente, segundo a palavra de Deus.
Não faço apologia a luta, não é isso que vim fazer aqui, quero deixar claro que o relacionamento sadio entre país e filhos passa também por esses momentos de diversão, onde a criança compreende melhor seus corpo, sua força, como essa força se relaciona com outro ser, qual o limite de força que é empregado no brincar e assim não ir além quando estiver com outro amiguinho. 
Creio que não falto com a verdade quando afirmo que o próprio Abraão deve ter muitas vezes rolado sob os tapetes, enquanto brincava com o pequenino Isaque, que Jacó lutou com o Anjo de forma justa, buscando aquilo que ele desejava de coração mas sempre com valentia e honra, e por isso seu nome se tornou Israel, que Davi precisou ter coragem para ir "a luta" e principalmente fé no Deus Todo Poderoso e lá foi mostrado o resultado de se confiar em Deus.
Efésios 6:12 diz que: "Pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes".

Então precisamos entender que a luta verdadeira que enfrentamos é contra satanás e seu exército, este é luta espiritual do cristão. Por outro lado a luta entre pai e filho, irmão com irmão, primo com primo, são apenas brincadeira entre pessoas que se gostam e se confiam a ponto de disputar uma luta sem intenção de machucar. 
São coisas diferentes, que devem ser entendidas e analisadas sob o prisma próprio de cada coisa. Que este irmão seja sempre um lutador confiante no Senhor, com isso sem dúvida será um vencedor. E que também seja um pai que ensine seu filho a ser forte, mas antes de tudo consciente de sua força e de como usá-la.

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