Quando o silêncio é eloqüência!!!

Depois daquela voz, achou-Se Jesus sozinho. Eles calaram-se e, naqueles dias, a ninguém contaram coisa alguma do que tinham visto. Lucas 9:36

Os historiadores contam que, na noite que precedia uma grande batalha, os oficiais de Napoleão iam todos, um a um, à tenda de seu comandante. Era uma estranha procissão aquela, pois ninguém dizia uma palavra na presença de Napoleão. Cada homem apenas olhava nos olhos de seu comandante, apertava-lhe a mão, e então saía da tenda pronto a depor a vida por seu amado general.
Um dia, Jesus subiu ao Monte Tabor, acompanhado de Pedro, Tiago e João. Os discípulos, com certeza, não estavam preparados para o que iria acontecer ali. Embora estivessem com muito sono, conseguiram ficar de olhos abertos e viram algo do qual jamais se esqueceriam. Eles viram a glória em que apareceram Moisés e Elias, e então foram todos envolvidos por uma nuvem. “E dela veio uma voz, dizendo: Este é o Meu Filho, o Meu eleito; a Ele ouvi” (Lc 9:35). Quando a voz falou e a nuvem se retirou, Moisés e Elias haviam desaparecido. Lucas então nos diz que os discípulos se calaram e não contaram a ninguém do que tinham visto.
Há certas experiências para as quais as palavras são inadequadas. Como traduzir em palavras, por exemplo, o que os pais sentem ao ver o seu primeiro filho recém-nascido?
Que palavras poderão ser ditas para confortar alguém que perdeu o marido, a esposa ou um filho? E ainda mais impressionante: o que dizer após estar na presença do Deus vivo? Os discípulos se calaram, e esta foi a reação apropriada.
Ralph Harper escreveu: “As coisas sérias precisam ser feitas em silêncio. Em silêncio os homem amam, oram, compõem, pintam, escrevem, pensam, e sofrem.”
Muitos de nós tememos o silêncio. Sentimo-nos desconfortáveis quando a conversa acaba. 
Absorvemos e vivemos em uma cultura que nos impõe uma lei da física: a "força da reação", ela  fala sobre uma reação contrária e com a mesma intensidade, assim agimos com nossos semelhantes - Reagimos instantaneamente às ofensas, agressões e maus-tratos... Devemos praticar a Lei do Amor que o Senhor nos ensinou e amar áqueles que nos tratam mal, pois é nossa integridade espiritual que devemos lutar para manter, é ela que aproxima de Deus e não devemos esmorecer nesta luta.
“Se vos forem dirigidas palavras impacientes, nunca respondais no mesmo tom. Lembrai-vos de que ‘a resposta branda desvia o furor’ (Pv 15:1). Há um poder maravilhoso no silêncio” (A Ciência do Bom Viver, p. 486).
“As coisas reveladas são para nós e nossos filhos, mas quanto às não reveladas, e que não têm que ver com nossa salvação, o silêncio é eloquência” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 25).
Há tempo de parar de falar e ouvir em silêncio a voz de Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

; ;